A comunicação quando nasce, é para todos

Há uns anos, na abordagem que fiz a um potencial cliente, deparei-me com uma resposta que talvez não fosse tão pouco comum à época: “Isso da comunicação não é para a minha empresa”. O tecido empresarial português composto, em mais de 95 por cento, por micro, pequenas e médias empresas, tem características próprias, que (felizmente) têm vindo a mudar nos últimos anos. Uma das peculariedades era o facto de não haver sequer uma gestão na maioria das empresas. Havia um “patrão”, mas não um gestor, muito menos uma estratégia. Estratégia de comunicação, então… “O que é isso menina? Publicidade não preciso!” – também cheguei a ouvir esta resposta.

Há uns 20 anos, ou talvez menos, a maioria dos pequenos e médios empresários, a geração dos que atualmente têm 60 ou mais anos, pouca formação tinha. Iniciavam os seus negócios porque achavam que tinham algum “jeito” para a coisa, porque os herdavam de família ou porque era essa a melhor forma que encontravam de meter mãos ao trabalho para se sustentarem, o que não é, em nada, criticável. É o que é. Era o que era.

Atualmente assistimos ao fenómeno das start-ups. Na essência, o processo parece semelhante. Na realidade, faz mexer a economia e o mercado de trabalho de forma muito diferente. Hoje surgem projetos empreendidos e geridos por profissionais qualificados, muitos deles com elevados níveis de formação. Alguns são jovens saídos das universidades, que optaram por dar corpo às suas ideias, outros são profissionais que já andam pelos 40’s, que se viram na “obrigação” ou simplesmente quiseram tentar novas formas de vingar no mercado de trabalho. Mas fazem-no com muito mais consciência do que acontecia há umas décadas. Fazem-no, acima de tudo, com a consciência de que podem falhar, na mesma proporção da vontade de vencer. E, se falharem, voltam a tentar, na primeira ideia de negócio ou noutra. Porque ideias é o que não falta aos portugueses!

Nestas empresas e na mente destes empreendedores já há, felizmente, lugar para a comunicação. Porque a comunicação, quando nasce, pode ser para todos. Adequada à necessidade, à dimensão, ao ramo de negócio e ao objetivo de cada empresa, a comunicação é uma mais valia e um investimento que deve ser tido em conta. Uma aposta tão importante e útil como ter um bom serviço de contabilidade, um excelente advogado ou um eficiente out-sourcing de logística.

Susana Veloso
Write Ideas

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Portugal campeão do mundo em 2018!

Se começou a ler o texto foi porque chamei a sua atenção. Poderia ter escolhido um título de cariz económico, que deixasse o leitor bem disposto, coisa mais ou menos rara quando falamos de notícias económicas, mas que pode acontecer, como por exemplo: “Desemprego cai abaixo dos 5% no primeiro semestre” ou “PIB cresce 10% nos primeiros três meses do ano”. No entanto, as probabilidades de ninguém dar crédito ao título, pensando que se tratava de um texto do dia das mentiras escrito com 2 meses de atraso, era alguma, pelo que a minha escolha recaiu sobre o futebol.

Mas o que é que o futebol tem a ver com comunicação? Tanto como a economia, a culinária, a puericultura, a religião ou a política. Tudo é comunicação e o que não é comunicado, nos dias de hoje, pura e simplesmente não existe. Mas essa é uma reflexão que deixo para depois…

Voltando ao futebol e ao porquê do título deste post, a verdade é que quis chamar a atenção. Quis que começasse a ler o texto e tenho a expetativa que, por esta altura, ainda navegue por estas linhas. Acredite que não é tarefa fácil! Escrever é um desafio, por parte de quem escreve e por parte de quem lê. As pessoas têm pouco tempo… ou melhor, o tempo é o mesmo do que há 20 anos, as solicitações é que são mais. A informação é mais, a comunicação está em todo o lado e em cada momento. E, no momento seguinte, já está desatualizada porque um novo post, tweet, notícia ou comentário tomou o lugar do anterior. Outra vez e outra vez…

O desafio de comunicar prende-se com o interesse do conteúdo. Chamar a atenção até pode ser relativamente fácil… Mas prender o leitor, cativar o consumidor, fidelizar o utilizador, já é tarefa mais puxada. Daí a tamanha importância de criar conteúdos de interesse. Conteúdos com interesse. Para quem lê, vê ou ouve. É esse o desafio a que nos propomos diariamente.

Susana Veloso
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